Dezembrite: Por que nos sentimos mais estressados no final do ano?

Você já sentiu que, no fim do ano, o estresse e a ansiedade ficam mais fortes?

Se sim, sabia que isso tem nome e é mais comum do que parece?

Época de natal e ano novo é sempre uma correria. Para os jovens, há provas de fim de ano letivo e, para os adultos, uma época em que se tem muito a comprar e organizar, a preocupação de ter de lidar com finanças e preparações. É claro que junto com a correria, sempre vem aquele sentimento de que tudo deve ser feito às pressas, gerando estresse, ansiedade e muito cansaço. O acúmulo de tarefas – pessoais e/ou profissionais – ao longo do tempo é o que gera essa sensação, a paralisia por análise, ao não saber nem por onde começar os afazeres. No entanto, é necessário entender que nem sempre pode-se terminar tudo, e muito menos fazer um número grande de atividades em um curto prazo. Não se sobrecarregar ou fazer mais do que o seu próprio limite permite são atitudes importantes nesse momento.

Além disso, para a humanidade, o fim do ano marca o encerramento de um período, como o ponto final de um parágrafo. Com esse pensamento, a ansiedade e o estresse podem crescer cada vez mais, sendo influenciado pela pressão de fazer aquilo que não foi feito durante o ano, como metas e sonhos. Contudo, não são todos que têm essa interpretação negativa sobre a situação. Enquanto alguns ficam estressados e ansiosos, outros ficam empolgados e alegres pela vinda de uma nova etapa. Segundo Norman Vincent Peale, “O pensamento positivo pode vir naturalmente para alguns, mas também pode ser aprendido e cultivado”.

Ademais, deve-se tomar muito cuidado com esses sentimentos, pois sintomas mais fortes podem indicar um possível caso da síndrome de fim de ano, também conhecida como "Dezembrite", doença que está diretamente relacionada a esta época e às emoções que ela traz. Caso não seja tratado, esse momento de estresse pode evoluir para depressão, burnout e até mesmo um real transtorno de ansiedade. Também é possível perceber os chamados sintomas somáticos, os quais são a resposta do corpo a sintomas psíquicos. Entre eles, se encontram a dor de cabeça e a dor na coluna.

Ao tentar evitar os sintomas da “dezembrite”, muitas pessoas, inconscientemente, expressam a felicidade de maneira exagerada. Tentam fazer esse sentimento reinar sobre o de perda.

Contudo, existem formas melhores de lidar com a situação, sendo possível suavizá-la. É Importante identificar as causas de suas emoções e, caso não saiba por onde começar, deve procurar entender quais são as emoções em primeiro lugar. Um profissional da psicologia é a melhor pessoa para lhe ajudar a concluir a tarefa, apesar do quão bem seus amigos te conhecem. Além disso, é importante cuidar da sua saúde física (ela influencia a emocional) e manter contato com quem ama.

É inevitável o nervosismo que segue as festas de fim de ano. Podemos, porém, tomar cuidados para que possamos aproveitá-las como merecemos!

Autoras: Lia Costa, Beatrice Baialardi e Mariana Godoy